Garantir alimento para o rebanho durante os períodos de seca é um desafio constante para os pecuaristas, e a prática da vedação de pasto é uma solução eficaz. Mas você sabia que a escolha da espécie de capim pode transformar os resultados dessa estratégia? Um estudo conduzido pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) revelou que a Brachiaria híbrida Mavuno é uma opção superior quando comparada ao capim Marandu, amplamente utilizado na pecuária brasileira.
Vedação de pasto no Brasil?
A vedação de pasto, também conhecida como diferimento, consiste em reservar uma área de pastagem para que o capim cresça sem ser pastejado durante um período específico, geralmente na época das chuvas. Essa prática permite que a forragem acumulada esteja disponível para alimentação dos animais durante a seca, quando a produção de pasto naturalmente diminui.
No Brasil, a vedação é amplamente utilizada em regiões sujeitas a estiagens prolongadas e exige planejamento criterioso. Além da escolha do capim adequado, é necessário considerar fatores como a fertilidade do solo, o momento certo para iniciar o diferimento e o manejo do pastejo após a abertura da área vedada.
Quando bem executada, a vedação não apenas garante o suporte alimentar ao rebanho, mas também melhora a longevidade e a saúde das pastagens, evitando sua degradação. A utilização de gramíneas que mantêm uma boa relação folha/colmo e toleram o estresse hídrico, como o capim Mavuno, pode potencializar os resultados dessa técnica, assegurando maior produtividade e sustentabilidade.
Os achados do estudo
A tese, defendida pela consultora Caryze Cristine Cardoso Sousa no Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical da UFT, sob orientação do professor Antonio Clementino dos Santos, comparou o desempenho da Brachiaria híbrida Mavuno ao do capim Marandu em solos arenosos e sob diferentes doses de adubação nitrogenada. Entre os principais resultados, destacam-se:
- Mais folhas verdes: Após 120 dias de vedação, o Mavuno manteve maior número de folhas verdes em relação ao Marandu.
- Baixo índice de tombamento: Com colmos que resistem à maior quantidade de folhas, o Mavuno apresentou menor tombamento perda de forragem por pisoteio.
- Relação folha/colmo superior: Ideal para pasto vedado, já que folhas são mais nutritivas do que colmos secos.
- Maior resistência à seca: Seu sistema radicular robusto garante tolerância ao estresse hídrico, essencial em solos arenosos.
Genética que faz a diferença
Edson Castro Junior, coordenador técnico da Wolf Sementes, empresa responsável pelo desenvolvimento do Mavuno, explica que as vantagens do híbrido estão diretamente ligadas à sua genética. “O Mavuno tem o chamado ‘stay green’, que permite maior retenção de folhas verdes mesmo durante períodos prolongados de seca. Além disso, ele apresentou 16% mais folhas por perfilho em comparação ao Marandu, o que contribui para o ganho nutricional do rebanho”, destaca.
Adubação eficiente
A pesquisa também mostrou que a dose recomendada de nitrogênio para o manejo de pasto vedado é de 50 kg/ha. O Mavuno demonstrou alta responsividade a essa adubação, com aumento significativo na produção de massa verde, mesmo em condições de baixo investimento.
Por que investir no Mavuno?
Escolher a Brachiaria híbrida Mavuno para a vedação de pasto é garantir maior aproveitamento da forragem, melhor qualidade nutricional e maior resistência ao estresse hídrico. Essa escolha não apenas otimiza o manejo, mas também promove sustentabilidade e eficiência na produção pecuária.
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